Nessa última segunda, quando tive a oportunidade de chegar em casa cedo, a ponto de lanchar na frente da TV, me deparo com a mais ridícula das novelas e o mais tedioso dos telejornais. Por um minuto... valeria a pena terminar a leitura de Kafka, mas eu estava tão cansada, com tanta vontade do 'àtoismo' que fiquei. Recolhida no sofá, como na época da escola...um café com leite bem quentinho na minha caneca predileta, um pratinho com um pão e requeijão e o controle da TV na mão. Assisti metade da novela, que não entendi porque não sigo e aos diálogos pareciam que faltava algo. Um algo consistente e substancioso.... mas tudo bem, eu não queria entender mesmo. Não me lebro das cenas e dos personagens, sequer dos artistas que a compunham. A única coisa que me ocorria...o jornal vai começar, será que vou ter saco?
A vinheta inconfundível seguida de um "Boa Noite" me fizeram desanimar.... eu não acredito que era eu, assentada assistindo aquilo. E a primeira notícia era a do turismo em Buenos Aires, pelos nossos vereadores, pagos com dinheiro público. Novidade? até então, nenhuma.... ah, tinha sim.... a cara de sarcasmo do Bonner. A notícia saía da sua boca como se eles tivessem conseguido um furo de reportagem.... uma novidade tremenda... a descoberta de uma das grandes fraudes da década, com um quê de falso reconhecimento de grande benefíco à humanidade que o JN pode preoporcionar. Fiquei pasma. Isso era notícia de um jornal 'nobre' de cunho nacional? Talvez fosse, mas não estou mais acostumada com isso. Meu leite acabou.
Pensei em esquentar mais, mas o cansaço e a preguiça não deixaram. Continuei sentada e ouvi: "preso acusado de ter assaltado e matado turista no Rio..." e ele aparece, ao lado de um pastor, com uma Bíblia na mão. Ele se entregou.... que nobre da parte dele! Fica até bonito pra ele como bandido, recém-convertido, dizer: estou arrependido do que fiz. Como se essa manipulação fosse aliviar a imagem de criminalidade banalizada no Rio de Janeiro.
Levantei pra pegar mais leite. Mudei a rota... fui para o meu quarto, esqueci a TV ligada. Ouvia o som dela de longe, de tão longe que nem lembrei que a tinha deixado me esperando. Peguei O PROCESSO. Li cenas que eu gostaria de assistir num telejornal de verdade. Dormi sonhando com o meu furo de reportagem: "Descoberta a mais bem guardada das receitas portuguesas! Agora o famoso pastel de Belém...."
A vinheta inconfundível seguida de um "Boa Noite" me fizeram desanimar.... eu não acredito que era eu, assentada assistindo aquilo. E a primeira notícia era a do turismo em Buenos Aires, pelos nossos vereadores, pagos com dinheiro público. Novidade? até então, nenhuma.... ah, tinha sim.... a cara de sarcasmo do Bonner. A notícia saía da sua boca como se eles tivessem conseguido um furo de reportagem.... uma novidade tremenda... a descoberta de uma das grandes fraudes da década, com um quê de falso reconhecimento de grande benefíco à humanidade que o JN pode preoporcionar. Fiquei pasma. Isso era notícia de um jornal 'nobre' de cunho nacional? Talvez fosse, mas não estou mais acostumada com isso. Meu leite acabou.
Pensei em esquentar mais, mas o cansaço e a preguiça não deixaram. Continuei sentada e ouvi: "preso acusado de ter assaltado e matado turista no Rio..." e ele aparece, ao lado de um pastor, com uma Bíblia na mão. Ele se entregou.... que nobre da parte dele! Fica até bonito pra ele como bandido, recém-convertido, dizer: estou arrependido do que fiz. Como se essa manipulação fosse aliviar a imagem de criminalidade banalizada no Rio de Janeiro.
Levantei pra pegar mais leite. Mudei a rota... fui para o meu quarto, esqueci a TV ligada. Ouvia o som dela de longe, de tão longe que nem lembrei que a tinha deixado me esperando. Peguei O PROCESSO. Li cenas que eu gostaria de assistir num telejornal de verdade. Dormi sonhando com o meu furo de reportagem: "Descoberta a mais bem guardada das receitas portuguesas! Agora o famoso pastel de Belém...."
Fim.
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