quinta-feira, agosto 30

Aprender a aprender

Naquela noite, com pesar, passei na porta daquele prédio onde o relógio sempre anunciava o meu atraso. Mas ainda era antes da hora do encontro. Olhei em volta....a cidade estava vazia de si. Parecia um dia atípico, apesar de ser segunda-feira. Hesitei, voltei ao ponto do ônibus que me trouxe, repensei minha questão. Era importante ou não que eu fosse ao teu encontro? Eu estava tão esgotada com as cenas repetidas que não tinha mais vontade de continuar aquilo. Era realmente necessário? Mas os ponteiros continuavam sem me dar a devida importância. E percebi que o dia não tinha nada de mais... e que o tempo é senhor de si, mesmo quando nos incomoda. E chegou a hora do encontro....e eu, resoluta, estava atrasada...afinal, eu tinha que atravessar a avenida, correr dois quarteirões, virar à esquerda e entrar no restaurante. E fui....leve, devagar, aprendendo com o tempo a ser segura de mim e com alívio de encontrar a resposta. Sim, era necessário. Era o que eu queria...viver tudo como se deve viver.

3 comentários:

Tiago Braga disse...

SMACK!

Anônimo disse...

teu texto me fez lembrar de um prédio onde funciona uma faculdade de educação, onde se encontra um relógio que também me lembra meus atrasos. no caso o relógio está a 10 anos parado na seguinte hora 6:55 (?). a moça caminha, caminha caminha,como é bela a francesinha filósofa!!! (ou seria a filósofa francesinha?)

Tricota e Crocheta disse...

Sério? O relógio perdeu a poesia... eu (sem o uso do óculos ou sem a devida atenção) sempre achei que ele marcava 5:55... e pensei que tivesse significado isso. 18 horas é a hora em que tudo acontece...