Eu gosto do gosto amargo do resto do café que esbarra na vontade da repetição...
Das ordens que recebi, as dela foram as que menos escutei. Por qual motivo a percepção do elo que nos separa é tão ausente? Da subversividade que vivi nesses tempos aprendi de cor as cores que ela tanto não gosta.
Das relações com aquele adolescente italiano tirei o que houve de melhor: da prostituição intelectual ao melhor amigo....se ela soubesse!
Quanta animosidade aquela mulher me desejou. Com quanta inanimosidade a respondi.
Onde ela descansa eu não caminho mais. Onde ela descansa tantos outros, há tantos séculos, descansam também e me dizem baixo, quando paro perto... shhhhhh "é para cá que virás assim que nós decidirmos e é com ela que vais dormir, sempre, assim eu decido"!
E o resto do café me aguarda.... não o quero mais. O gosto amargo já não me seduz como antes. Até nisso ela interveriu....
Por que casei com uma imagem, pura, doce e estável? Por gozar às vezes, da vida que refletia naquela imagem? Pela estabilidade que nunca antes tinha conhecido? Por que tantos porquês? Qual a necessidade da resposta? Por que se nem conosco se encontra mais?
Até, mulher... Tu que com tanta frieza me marcaste. Um dia te mostro meus ataráxicos cantos de amor.....
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